História

A história do Sanduiche

Uma das maiores invenções da humanidade não foi a roda, o avião ou o raio laser, mas o sanduíche. Ele nasceu quando o quarto Conde de Sandwittch, ainda no século XVIII, em vez de enfrentar a preguiça de um jantar formal, ordenou a seu criado que fizesse “qualquer coisa” simples e rápida. Ele queria matar a fome sem abandonar o que estava fazendo – dizem que jogava cartas.

Quase em pânico, o criado apanhou duas fatias de pão e enfiou entre elas um naco de presunto. O Conde nunca mais jantou – só comeu sanduíches.

De lá para cá, as pessoas ficaram muito mais ocupadas que o nobre inglês e a criação do criado virou mania universal. Atraente pelo visual, simples, o sanduíche viu passar dois séculos incorporando à sua fórmula básica tudo o que se possa imaginar de comestível.

Até que, neste final de século, um fanático exagerado não se sabe bem onde executou a maior das variações em torno da obra do Conde e seu criado: o sanduíche de metro.

Um sanduíche de metro não é coisa para poucas bocas. É para seduzir, impressionar, divertir – ou seja, tudo que se espera de um ilustre convidado de uma festa… informal.

Assim é porque ele permanece simples e rápido, tal qual desejado o velho Conde. Por esses atributos, atrai muito os jovens ou pessoas de espírito jovem, extrovertidas. Além disso, por sua própria natureza, requer senso de grupo, o dosar, o repartir, impõe o solidário, em vez do solitário.

As grandiosas proporções dessa reinvenção – onde quer que tenha sido criada – e todas as demais exigências que cercam sua feitura parecem indicá-la, sob medida, para a padaria brasileira. Enfim, só a padaria pode dar à sanduíche de metro suas condições essenciais: o frescor, a sensação de produto artesanal, exclusivo, feito segundo a escolha pessoal do cliente.

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